sexta-feira, 30 de maio de 2008

Encontro inesperado ...


... em frente ao Musée D'Orsay (que aprendi hoje que se pronuncia dorsê ou algo parecido) em

Paris.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O tesouro

Certa manhã, acordou esquisita. Isso deve ser da idade, pensou, já não sou menina. A sensação perdurou durante todo o restante do dia, no trabalho, no ônibus, na rua. Em casa, ao jantar, com um prato de sopa diante de si, tomou a decisão. Começaria a economizar, guardar bens, valores, qualquer coisa.

No dia seguinte, saiu de casa mais cedo e passou por um pequeno comércio de quinquilharias. À noite, abriu a sacola que trouxera da lojinha e dali retirou uma caixa de madeira, de trinta centímetros quadrados. Recortou pedaços de feltro, que colou nas paredes internas, e finalizou o trabalho fechando a peça com uma chavezinha de metal. Se não de ouro, ao menos dourada, contentou-se.

Desde essa noite, não pensava em nada que não fosse conseguir objetos para guardar na caixa. Obviamente, não dinheiro, mais bem-guardado no banco. Queria coisas reluzentes, algo que as reviravoltas da economia não ameaçassem de desvalorização.

Tudo o que lhe parecesse de valor ia para dentro do abrigo. Quando meus herdeiros puserem os olhos sobre este tesouro, saberão que lhes doei coisas que me são caras, pensava. Uma pessoa não pode passar a vida em vão, sem deixar nada a ninguém, sem um legado, a não ser o da miséria da espécie, que a esse todos têm acesso.

Chegava a se sentir feliz imaginando o dia de sua morte, com a família a usufruir as riquezas. E o tal não demorou. Um acidente com o ônibus em que ia ao trabalho foi suficiente para lhe pôr fim à existência e à de uns quantos usuários do transporte.

Depois do enterro, já em casa, os irmãos arrumavam as poucas e puídas peças de roupa, guardavam sapatos, produtos de maquilagem, quando um deles encontrou no guarda-roupa a caixa do tesouro. Na parte de cima, a caneta: “Aos meus”. Chamou os outros, juntaram-se para ver a novidade.

Aberta a caixa, que desprendia um cheiro de tabaco envelhecido, os irmãos encontraram, entre vários cigarros soltos pela peça, já com o papel amarelecido e o filtro murcho, pedras coloridas, pedaços de vidro e acrílico, rolhas de cortiça e um papelinho com as bordas carcomidas onde se lia: "...eu ainda a sofrer dos efeitos da queda de um cavalo que nunca montei*".

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*José Saramago, in As Pequenas Memórias

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Me respondam

Existe coisa mais chata que Fórmula 1?

Na minha opinião, somente um grupinho de marmanjos papeando sobre Fórmula 1 - Ui!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Homem tem que ser tratado igual cabelo!

Homem tem que ser tratado igual cabelo!

Num dia a gente prende, no outro solta, num dia a gente alisa, no outro enrola.

Dá uma cortada quando precisa!

Numa semana a gente amacia, na outra é só dar uma batidinha que ele fica ótimo!

Fala a verdade, cabelo dá trabalho....

Mas você consegue viver careca?

sábado, 17 de maio de 2008

Entre Madri e Barcelona

O teclado só tem til em cima do n. Há ponto de ¿? . Na falta do til, fico sem boa parte do vocabulário.
Chegamos em Madri dia 09, sexta-feira e à tarde. Logo a noite descobrimos que quase todos os garotos que entregavam folhetos nas esquinas eram brasileiros. A maioria estava em Madri a menos de um ano. Garotos de todos os cantos do Brasil (até de Macapá!). A noite de Madri começa depois das 10h. E nessa época do ano anoitece depois das 09h30. É linda! Lindo o museu do Prado, as praças, as ruas, os monumentos. Na ultima noite esparemos na praça o metro que começaria a passar às 06h. Já era quase isso.
Barcelona é muito diferente. Andamos muito e pagamos todos os micos de turistas: fotos imitando estátuas, segurando o rabo dos leoes etc etc etc. Barcelona é uma Babel. Ouve-se todas as línguas. Há gente de toda parte do mundo. Todos passeiam por La Rambla. Para mim, é a cidade dos arquitetos. Se tens um projeto maluco para um edifício, o lugar de construí-lo é Barcelona.

domingo, 11 de maio de 2008

Desaparecida

Foi vista pela última vez, no início de maio de 2008, nos arredores do Terminal Rodoviário do Cruzeiro. Na ocasião, trajava-se como consta da foto. Qualquer notícia, entrar em contato com a Casa Branca (c/ Lídia e Luís). A família agradece.