sexta-feira, 29 de junho de 2007

quarta-feira, 27 de junho de 2007

mudança...

A vida é assim... uma hora, sem mais nem menos, ou por um motivo qualquer, a gente precisa se desfazer de certas coisas, ora importantes, ora banais... coisas que nos trazem lembranças tristes, mas que também nos fazem lembrar de momentos que jamais voltarão. São coisas que, com o passar do tempo começam a pesar dentro das gavetas da vida. Vida essa que precisa, cedo ou tarde, mudar, quem sabe, para muito melhor do que se possa imaginar. E se mudar para pior, vale a experiência de aprender que determinados caminhos não se devem seguir, mas que se não arriscarmos, jamais sabaremos se deu certo ou errado.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Vento

A vida seria mais sim simples se não fosse o vento.


Vento que nos leva àquele frescor da manhã de uma música cantada com os sons dos pássaros e dos primeiros raios do sol.

Vento que nos traz o aroma daquela tarde de maresia do pôr-do-sol de outrora e da areia fina nos pés.

Vento que nos transporta para um futuro que acontecerá em dois minutos, em duas horas ou em dois anos.

Vento que nos encaminha a pensamentos presentes, passados e futuristas, da memória saudosa, do presente escrevente e do futuro de bola de cristal e búzios.

Vento que empurra o "barco sem guarida na névoa de agosto" às "duas da manhã de manuscritos sagrados"...

Vento em todos os lugares. Um sopro, uma brisa, ventania, vendaval interior remexendo os papéis e os quebra-cabeças de cinco mil minúsculas peças.



E esse ar condicionado central, que barulho!!
Acorda-me de meus pensamentos!

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Cinco e meia e meus olhos se abrem

automaticamente sem que eu possa determinar o que quero. Tudo ainda escuro, aliás mais escuro do que de costume. Deve ser esta minha velha mania de não abrir os olhos quando não há luz. Engraçado, não sinto cheiro de nada. Talvez ainda esteja dormindo. Só vejo sombras, abro mais os olhos, tenho certeza de que estão abertos. Tateio buscando encontrar alguém mas não encontro em minha lembrança nenhuma referência sobre quem deitou-se ou deveria ter se deitado comigo. Só encontro um vazio, pesado e enorme. Um vazio que agora começa a me incomodar. Que sensação é essa? Meu coração está acelerado, um calor saindo das minhas narinas. O que aconteceu? Meu quarto parece que mudou de forma, não vejo as paredes, vejo um cinza fuligem que não tem fim... Será que bebi? Não consigo apalpar nada, as formas se movem quando tento pegá-las! Vejo traços de rostos de velhos conhecidos nestas formas. Sinto o suor brotando na minha testa, no meu buço. Devo ter bebido...não me lembro! Sinto de volta algo que só senti quando minha filha foi rejeitada na escola, um calor e um vazio, uma certa insegurança e a barriga querendo doer... medo? Até então eu não sabia o que era medo. Me gabava de não temer ser vivo, sem medo dos assassinos que pus na cadeia, nem dos que na cadeia sem terem cometido crimes. Ameaça de ser humano nenhum jamais me abalou. Tampouco me lembro de ter sentido medo de bicho ou seres de outro mundo... agora olho em volta e vejo estas sombras translúcidas, flutuantes, impalpáveis, irreais. Que náusea! Agora sinto até o cheiro podre de mijo e bosta! Argh, aquele cheiro de viaduto habitado pela corja nojenta de maltrapilhos! O que este cheiro está fazendo na minha casa? No meu sonho? Não deve ser sonho, a gente não sente cheiro em sonho, ou sente? Não tenho medo dessa gente, já disse, mas temo a solidão em que elas metem, a rejeição que elas sofrem da sociedade.Tenho medo de morrer sózinha e só ser encontrada quando o cheiro podre encontrar o nariz dos vizinhos. É como agora, estou tentando acordar, não vejo ninguém, não consigo me livrar dessas malditas sombras que insistem em me fazer lembrar só fragmentos de coisas, de pessoas. Milnha filha, os médicos, o crápula! Ai, a dor de sentir-me enganada, traída! Eu que me cria sempre com razão, Eu que achava que conhecia e sabia tudo! Discuti com o preconceito da diretora, sofri com a discriminação e a rejeição contra minha filha, passei a ficar irracional, irada, sem argumentos para conseguir matrícula para minha filha em nenhuma escola! O temor do contágio que não se comprovava que movia aquelas faces mórbidas agora refletidas nessas sombras! Bossais, não passam de covardes, idiotas, ridículos e patéticos, médicos sem diagnósticos, teses absurdas. sanguessugas, vampiros de aventais. Imbecilizados entre receitas e representantes de fármacos, submetendo minha filhinha às torturas medievas e cruéis. Ela ali, quieta, sem gemido, sem queixa! Horas e horas de fila tratamento, exames, espera aflição. Ela cada vez mais careca, isolada, rejeitada pelas crianças, por todos. Estas sombras são a infância que minha filha perdeu dentro de casa. Trazem d evolta minha dor, meu pé pisando na lajota gelada, solta aos pés da escada. è como se eu soubesse tudo em um segundo. Como pude viver tanto tempo sem saber e de repente compreender tudo, num lampejo! Minhas mãos voltam a tremer, ecos dos gritos de horror e lucidez me voltam ao corpo todo. Minha unhas cravadas naquele animal! Seu olhar frio negando. Minha ira me incendeia ainda. Mas, já estou fraca, não sinto a força nos membros, mais. Me pergunto: que brincadeira é essa? que jogo brincavam? Ele viril, entrando em nossa intimidade sem atropelos, se acomodando por falta de conflito. qual o frenesi que movia sua luxúria? Não acreditei! eu o deixei entrar em minha casa, eu o acolhi sem dúvidas nem receios. Agora vejo-o misturado com os fios de cabelos de minha filha arrancados um a um e enterrados debaixo da lajota, ...

Desanuviar

Capítulo I

A diversão

Menina, brincando na varanda de casa, dei pra seguir com os olhos algumas formigas jardineiras. Resolvi espalhá-las, soprei-as, bati com as mãos sobre o chão, fiz barulho, a fila de carregadeiras se desfez. Sobraram duas. Observei-as, rodopiando pelo ladrilho, ainda perdidas, e pus o dedinho sobre uma delas. Matei-a. Ainda fiquei algum tempo a olhar a outra que, aparentemente, retomava o caminho da fila. Ela se deteve diante da morta, começou a carregá-la. Interceptei seu caminho com o dedo. Ela se desviou. Fiz isso várias vezes, ela sempre se desvencilhava, sem largar a carga. Divertia-me. Ela se agitava. Pus lascas de madeira, de grama, de palha, qualquer coisa que encontrasse era boa para lhe dificultar o caminho. Numa agitação muito grande, totalmente sem rumo, ia e retornava, dava voltas no mesmo lugar. Alegrava-me ver-lhe o esforço para fugir e, ao mesmo tempo, suportar o peso. Transtornada e sem direção, finalmente ela largou o corpo.

Capítulo II

O desespero

Foi quando me assustei. Na cabeça da pequena malvada, aquela formiga estava carregando a companheira para lhe dar um féretro, um enterro. Eu ainda não havia estudado a vida dos insetos na escola, para saber que o cadáver provavelmente viraria comida no formigueiro. Imaginava então que havia levado a carregadeira a uma aflição tão grande que a fizera desistir de sua nobre missão: render as últimas homenagens à irmã morta. Sentia que era uma coisa horrível, vieram os remorsos. Não pela morte de uma, mas pela loucura da outra. Tragédia das tragédias, cega de dor e medo, renega carne de sua carne? Peguei a defunta com cuidado – foi difícil, ainda que pequenos meus dedos, ela era minúscula – e a coloquei no caminho da sobrevivente. Ela se desviou da outra, continuava sua desvairada corrida, queria salvar-se, abandonava a amiga à própria morte. Desatino, absurdo total, inconcebível. Aquiles, tomado de loucura, largava o corpo de Pátroclo no campo de batalha. Desespero. Diversas vezes, repeti o gesto. Ela não reconhecia a morta, desvia-se-lhe. Impossível. De novo, o corpinho inerte era jogado diante da semelhante. Nada. Ela, louca, insensível, corria. Só corria, não importava sequer o caminho. Eu lhe implorei que recapturasse a morta. Leve-a, eu chorava, leve-a, seu lugar é o formigueiro, não a abandone, não abandone, pegue-a de novo, por favor. É sua irmã.

Capítulo III

O sofrimento

Não agüentei vê-la louca, desatinada, abandonando a companheira. Num gesto final, o cruel dedinho cometeu mais um crime. Matei-a também. Estava acabado. Pelo menos aquela loucura, aquele desatino, terminara. Respirei aliviada enquanto olhava os dois cadáveres no piso da varanda. Foi quando me sobreveio um sentimento ainda pior: quanto sofrimento eu infligira àquele ser. Não me sentia culpada, não pensava na minha ação gratuita e má, só conseguia imaginar a intensidade da dor que a formiga sentira. Tão grande e forte que de seu corpo teria saído uma nuvem densa, escura, que aumentava na proporção do pesar. Imaginei que todo ser que sofresse em todo o planeta produzia, subindo de sua cabeça para a atmosfera, essa massa de gases escuros, carregada de tristeza. O mundo logo se transformaria num imenso balão asfixiante. Morreríamos todos, sob um céu turvo, enredados em angústias, amarguras, infortúnios, próprios e alheios.

Capítulo IV

O fim

Naquela noite, envolvida pelos braços de minha mãe, aprendi o significado da palavra desanuviar.

A Cabana do Pai Lacan

http://br.geocities.com/alexandertorres_psi/psico/index_psi.htm

Canciones mecquetrefes

terça-feira, 19 de junho de 2007

'Haviam sido feitos descansadamente um para o outro, como roupa sob medida costurada pela vizinha de porta'


- Não, não. Isso tá muito brega!

- Por que brega?

- Essa coisa de “um para o outro”, “sob medida”... sei lá.

- E o que tu achas de “sou bandida / sou solta na vida / e sob medida pr'os carinhos teus”?

- Ah, mas isso é Chico!

- E o Chico pode ser brega?

- Não, o Chico não é brega nunca. E o Chico pode tudo...

- Ai, meu caralho!


'Ele era meu palito de picolé premiado. Meu primeiro 10 em matemática. A melhor piada da festa'


- Agora estavas indo bem, só que essa de dizer que o cara é uma piada não dá, né? Corta, corta!

- Corto nada. Tu não entendes, mas isso não quer dizer que os meus leitores padeçam da mesma falta de sutileza.

- Sutileza? Do que a gente tá falando?

- Não me aporrinha, criatura...

- E esses leitores? Ah, sim, claro... Os leitores! Vai, continua então.

- Sai, sai! Te arranca daqui! Não sei porquê ainda te deixo sair da gaveta!



segunda-feira, 18 de junho de 2007

Representação

Só a arte, e mais particularmente a literatura, pode dar conta da vida. Tenho a nítida sensação – e não vou dizer certeza por medo da presunção e apenas por isso – de que a representação da vida é maior que a própria vida. Sei que não sou original. Guimarães Rosa e Caetano Veloso, por exemplo, cada qual à sua maneira, já disseram isso. G.R., em “A Viagem do Grivo”; Caetano, em “Jenipapo Absoluto”. Essa afirmação oprime. Somente a coisa contada, cantada, falada, registrada, existe? Somente a palavra cria os seres, o mundo? Especulações metafísicas incoerentes na boca de uma materialista. Fazer o quê?

Você

Esses últimos dias eu tenho pensado...
pensado muito.
Tenho pensado em você.
Sim, você mesmo, que sorriu para mim um sorriso tão lindo e, aparentemente, sincero. Você que encontrou no meu coração um lugarzinho quentinho, bem aconchegante, e ali dentro se acomodou de tal maneira que eu não tenho coragem de expulsá-lo.
Você que veio em minha direção como um menino carente, com os olhinhos brilhando, me pedindo carinho e atenção.
Você que em tão poucos momentos me fez tão feliz e agora, mesmo aqui dentro, parece distante.
Ei, presta atenção... eu estou falando de você.
Você que a cada dia cresce em meus pensamentos e me faz ainda mais apaixonada cada vez que te vejo.
Você... tão lindo!
:)

De cigarros e cinzas

O diabo ri assim

como um cinzeiro

que consome o cigarro

O cinzeiro parecia um demônio, sorrindo. Engoliu o cigarro por puro prazer, enquanto assistia à sua agonia até a morte. A cinza já não lhe fazia tão bem. Pediu outro. Eu o acendi e entreguei para que também queimasse até morrer. O sorriso do diabo mais e mais se iluminava. Quanto mais alimento, mais fome. Até quando? Até que eu queime junto.

Ana Silva em preparação para o programa de combate ao tabagismo

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Alegria

Eu vou te dar alegria
Eu vou parar de chorar
Eu vou raiar o novo dia
Eu vou sair do fundo do mar
Eu vou sair da beira do abismo
E dançar e dançar e dançar
A tristeza é uma forma de egoísmo
Eu vou te dar eu vou te dar eu vou

Hoje tem goiabada
Hoje tem marmelada
Hoje tem palhaçada
O circo chegou

Hoje tem batucada
Hoje tem gargalhada
Riso e risada
Do meu amor

(Sábios versos de Arnaldo Antunes)

É assim mesmo... há dias em que a tristeza entra sem pedir licença, sem um motivo convincente, e se instala como um vírus aparentemente incurável, egoísta, que teima em deixar a melancolia transparecer involuntariamente. Mas há dias melhores... bem melhores. Nesses dias, a alegria entra como o sol que irradia a janela da sala logo pela manhã, atravessando todas as frestas da nossa alma, deixando no olhar aquele brilho intenso, inatingível. Alegria assim é verdadeira, tão verdadeira que a gente sente uma imensa necessidade de transmitir a todos que passam a nossa volta.
Apesar das tristezas insistentes, a felicidade, mesmo que pontual, existe.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Achadouros


Do livro Memórias Inventadas - A infância, do Manoel de Barros, uma preciosidadezinha que só esse homem mesmo poderia ter escrito.

Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade. Mas o que eu queria dizer sobre o nosso quintal é outra coisa. Aquilo que a negra Pombada, remanescente de escravos do Recife, nos contava. Pombada contava aos meninos de Corumbá sobre achadouros. Que eram buracos que os holandeses, na fuga apresssada do Brasil, faziam nos seus quintais para esconder suas moedas de ouro, dentro de grandes baús de couro. Os baús ficavam cheios de moedas dentro daqueles buracos. Mas eu estava a pensar em achadouros de infâncias. Se a gente cavar um buraco ao pé da goiabeira do quintal, lá estará um guri ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar no rabo de uma lagartixa. Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos. Hoje encontrei um baú cheio de punhetas.



Presença

Proprietária de blog, acusada de ser blogocêntrica latifundiária, marco presença hoje neste espaço virtual coletivo.
Apedrejada, maltratada, vilipendiada, apresento-me humildemente, com minhas parcas letras, para tentar me redimir da ausência motivada por egoístas pretensões.
E deixemos de adjetivos (dos quais gosto tanto) para evitar o vício do excesso.
Enfim, peço perdão. Como Adnanda, preciso de amigo(a)s. A diferença é que ela é poética. Eu, patética.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Preciso


Preciso encontrar uma solução.

Preciso de ajuda.

Preciso de amigos.

Preciso de um amor.

Preciso de alegria.

Preciso da minha mãe.

Preciso do meu mar.

Preciso da minha vida de volta.

Preciso chorar.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Rui Barbosa e caso dos patos

Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa um certo dia, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou um ladrão tentando levar seus patos de criação.
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com seus amados patos, disse-lhe:"Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada."
E o ladrão, confuso, diz:"Dotô, eu levo os pato ou deixo os pato?"

quarta-feira, 6 de junho de 2007

uma passagem do dia mundial do meio ambiente


Ontem eu estava indo do Brasília Shopping em direção ao MEC, caminhando num passo tranqüilo de pós-almoço. Mais ou menos na altura de outro shopping center, o Conjunto Nacional, comecei a reparar nos carros e nas pessoas dentro deles. Em geral, apenas uma pessoa por carro. Suponho que algumas estivessem sentindo muita necessidade de conversar, porque, sem companhia no veículo, baixaram os vidros, gritaram e xingaram mutuamente suas mães. Carência, imagino. Outros, que não costumam abrir as janelas por conta do ar-condicionado, usaram a buzina do carro para alertar o suposto parvo motorista a sua frente sobre a mudança de cor no semáforo, do vermelho para o verde. Mas o que são alguns segundos a mais no sinal, se, dali pra frente, parariam a cada quinze metros percorridos? Tempo é dinheiro, tempo é dinheiro. E eu caminhando.

Já passando ao lado do Teatro Nacional, vejo uma menina que me parece conhecida no seu Celta vermelhinho. Acho que ela também trabalha no MEC. Olhei e sorri para ela, que, na sua indiferença, arrancou solenemente com o carro. Uns vinte passos depois, eu estava novamente ao seu lado sorrindo. Claro que não estava querendo provocá-la; não faria isso com alguém que tem uma arma de cerca de uma tonelada e a possibilidade de passar com ela por cima de mim. O fato é que a reconheci e ela, ao que parece, não me reconheceu. Caso contrário teria me oferecido uma carona, não? Continuamos nosso trajeto até o ministério, alternando as posições a cada parada que a moça tinha de fazer com seu carro. Quanto será que gastei das solas das minhas botinhas (que já têm seus oito anos)? E quanto será que ela gastou de gasolina e paciência no trânsito? Eu perguntaria isso a ela se tivéssemos chegado juntas à portaria, mas a colega ainda teve de ir à caça de uma vaga no estacionamento.


eu amo muito

a Ana Cláudia, por ser sagaz e cheirosa
o Marco Antonio, por ser Grande e gentil
a Piti, por ser meiga e perspicaz
a Raquel, por ser divertida e Bela
a Jaana, pela sua graça e leveza
o Luis, pela sua alegria e seu entusiasmo
a Mariana, pela sua pronúncia em español e pela sua sensualidade
a Teliana, pela sua presença e delicadeza
a Sílvia, pelo seu senso de humor e enorme simpatia
a Milena, pela sua clareza e inteligência
a Caetana, por que ela não existe
o Lúcio, sem explicação
a Lídia, por ela ser assim tão ela mesma

....
tudo em ordem alfabética

terça-feira, 5 de junho de 2007

Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Será?

É sempre assim:

Vai um Las Vegas, vem outro. Quando este vai, surge, no meio do nada, um Cirque du Soleil, um Beto Carreiro, outros tantos Las Vegas, às vezes um chupetinha e dificilmente um carequinha. Esta é uma espécie em extinção entre as espécies de palhaços existentes. Raramente aparecem e quando vêm, estão enquadrados na categoria de impedimento e/ou suspeição. Até que em um dado momento, sem mais nem menos, como num passe de mágica, surge, surpreendentemente, um bem especial, não identificado, daqueles que conseguem fazer a gente sorrir até nos piores momentos da vida, capazes de nos fazer esquecer os problemas e a saudade dos distantes. Sua presença é viciante. A vontade de beijar e abraçar sem nunca mais soltar é quase que incontrolável. Mas o gesto, timidamente, fica preso na alma, com medo de libertar-se. Nada se consuma, a vontade permanece e a chance provavelmente jamais se repetirá.
A timidez gera o medo e isso é uma droga!

sábado, 2 de junho de 2007

Família

CORNELIA Scipionis Africana (ca. 190 a.C. – 100 a.C.) foi uma matrona romana que marcou o século II aC pela sua reputação de virtude e seriedade. Filha de Scipio Africanus, o herói da segunda guerra púnica e de Aemilia Paulla. Enquanto jovem casou com Tiberius Sempronius Gracchus, um político bastante mais velho que ela. Tiveram doze filhos, apenas três sobreviveram até à idade adulta: Sempronia, que casou com o primo Scipio Aemilianus e os irmãos Tiberius e Gaius Gracchus. Após a morte do marido em 154 a.C., Cornélia recusou todas as propostas de casamento e escolheu permanecer viúva para educar os filhos. Morreu com cerca de 90 anos na vila de Misenum. Roma votou a atribuição de uma estátua em sua honra, a primeira concedida a uma mulher. Até então as representaçoes femininas eram de personagens mitológicas.

Publius Cornelius Scipio Africanus o Velho (236 a.C. - 183 a.C.) Filho de Públio Cornélio Cipião, ele é mais conhecido por ter derrotado Aníbal Barca de Cartago, na Segunda Guerra Púnica, na batalha de Zama (a "Batalha de Waterloo" da antiguidade), de onde recebeu o apelido Africanus. Scipio casou com Aemilia Paulla e teve quatro filhos: Cornelia Scipionis Africana Major, que se casou com Publius Cornelius Scipio Nasica Corculum; Cornelia Scipionis Africana Minor, que se casou com Tiberius Sempronius Gracchus; Lucius Cornelius Scipio e Publius Cornelius Scipio, pai de Scipio Aemilianus.

Publius Cornelius Scipio Aemilianus Africanus, o Jovem (185 a.C. - 129 a.C.) foi um comandante que lutou nas Terceira Guerra Púnica contra Cartago. Era neto adotado de Cipião Africano. Casou-se com Sempronia, filha de Cornelia Scipionis Africana Minor e Tiberius Sempronius Gracchus.

Tiberius Sempronius Gracchus (163-132 a.C.). A vida pública de Tibério começou durante a Terceira Guerra Púnica, como tribuno militar ao serviço do seu cunhado, Publius Cornelius Scipio Aemilianus Africanus, o Jovem. O exército romano sofreu uma pesada derrota e para não piorar as coisas, Tiberius assinou o armistício com o inimigo. Por essa atitude foi considerado um covarde por Aemilianus que convenceu o senado a desautorizar o ato do cunhado. Quando Tibério Graco foi eleito tribuno das plebes em 133 a.C. formulou a Lex Sempronia agraria, uma lei que proibia a existência de latifúndios com mais de 500 acres. O excesso seria, segundo a lei, comprado pelo estado e redistribuido pelos soldados no fim de cada campanha militar. Teve um monte de problemas e ficou sem grana para realizar sua proposta de reforma agrária. Conseguiu utilizar, para realizar o projeto, a fortuna de um cara que morreu sem deixar herdeiros. Para isso precisou tirar da frente, de forma não lícita, um certo senador que queria bloquear a pauta. Os caras deram um fim nele no início de 132 a.C.

Gaius Sempronius Gracchus (154 – 121 a.C.). Tal como o seu irmão Tibério, Caio pertenceu aos Populares e seguiu uma agenda política revolucionária que lhe trouxe conflitos com a facção conservadora do senado romano, os Optimates. O cara inventou de incluir uma reforma agrária, leis reguladoras do preço dos cereais para evitar especulação, e limitação do número de anos e campanhas que um cidadão devia ao serviço militar, criar um tribunal especial de corrupção, para julgar apropriações indevidas de fundos por membros do senado. Foi assassinado em 121 a. C. Caio Graco teve apenas uma filha do seu casamento com uma Licinia Crassa. Sempronia, herdeira do patrimônio dos Gracchii, casou com um dos filhos de Fulvius Flaccus. Esta união resultou igualmente numa única filha, Fúlvia, que foi mulher de Publius Clodius Pulcher e de Marco António.

Fúlvia (c. 79 a.C. - 40 a.C.), bisneta de Cornélia, foi conhecida pelas actividades conspiratórias e ambição política, invulgares numa época em que as mulheres viviam em casa, segundo os princípios de virtude e modéstia romana. Foi a primeira mulher, não mitológica a ter sua figura gravada em moedas romanas.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

All You Need Is Love - The Beatles

Vamos ver se vai...

Tudo errado!

Uma verdadeira e enorme bosta!
Não consigo bostar nada do meu jeito, sabe... da minha cor favorita, em itálico, em negrito, com deseinhos e com palavrinhas bonitinhas e rosinhas, grandes ou pequinininhas. Nada! Não consigo bostar bosta nehuma, e quando bosto, sai uma bosta... como essa bostagem de agora.
Que bosta!

lovelovelove


Love   love     love     
Love love love
Love love love

There's nothing you can do that can't be done
Theres nothing you can sing that can't be sung
Nothing you can say but you can learn to play the game
It's easy

There's nothing you can make that can't be made
No one you can save that can't be saved
Chorus
:

All you need is love
All you need is love
All you need is love love
Love is all you need


There's nothing you can know that isn't known
Nothing you can see that isn't shown
Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
Its easy

Chorus

Love is all you need
All you need is love
All together now All you need is love
Everybody now All you need is love
Love is all you need

Beatlemania!