terça-feira, 29 de maio de 2007

É...

Está ficando insuportável.
Não... já é insuportável e pedante.
A mesmice, a tarde de domingo monótona.
A completa falta de assunto, a falta de criatividade.
É a beleza impura, a feiura em sua essência.
O oposto do que deveria ser,
seu pior castigo, o seu próprio martírio.
É a vida sem vida.
É o palhaço triste, que não consegue fazer sorrir nem a si mesmo.
O Plebeu não correspondido.
O infeliz que nunca saiu do esquecimento.
É a única fonte de sua própria lembrança.

Dez anos depois...

continuando minha saga escolar, para leitoras mais incautas: em 1977, entrei no segundo grau. Não, não repeti nenhum ano, interrompi os estudo por um ano para perambular pela europa, pois achava que eles explodiriam tudo em cinco segundos e eu queria ver umas coisas antes disso acontecer. Aliás, queria ver tudo explodir.
Aqui a paisagem era verde oliva. Os grêmios estudantis desativados, a universidade invadida, a repressão exibia seus soturnos coturnos sem laços cor de rosa. A escola era um tééééééééédio. Não podíamos nada, nem pensar! mas, nossa inteligência e o talento especial da época para bobagens se manifestavam mesmo assim!
Minha estréia em passeatas foi justamente uma bravata. Saímos da escola com cartazes contra a queda do skylab, o satélite americano que ia cair em algum lugar no mundo, não se sabia onde. Um dos cartazes dizia: "se cair no pé do Zico é gol!" Um monte de gente foi aderindo no caminho para o Conjunto Nacional, achando graça da forma encontrada para enfrentar a ordem de dispersar, ou aproveitando para bradar: abaixo o imperialismo americano! Fomos reprimidos por um batalhão de choque com cavalos e cães na altura do CONIC. Os dois que foram presos passaram um apuro para conter o riso diante do delegado, desconcertado com o motivo da baderna. Se fossem "de maior" teriam ficado "fichados".
Na verdade, qualquer um que se arriscasse a mexer os braços e pernas ao mesmo tempo já ficava carimbado como agitador!
Naquele tempo para subverter a ordem bastava estampar um sorriso na cara!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Sábado à noite

Pra quê tantos livros, se não os leio?
Pra quê tanta sede de conhecimento, se não me esforço para saciá-la?
Qual o sentido da minha vida, se me vejo, em um fim de noite, com sono, sentada em um chão frio e sujo, em volta de roupas e sapatos jogados, espalhados pelos cantos?
O que faço com esses objetos inertes, que não podem falar nem ouvir, se me vejo esquecida e precisando de alguém?
Quanta fonte de inspiração e conhecimento ainda não explorada!
Quando vazio, que o comodismo, aliado ao tédio que rodeia minha vida, não me deixa preencher! Está tudo parado, como se estivesse me olhando e pedindo para ser explorado, tocado, notado, ao menos.
Inércia ociosa e preguiça, bagunça e sujeira, trapo, desorganização e um ser humano.
Tudo reunido, em um só lugar, com aspecto de tristeza e esquecimento, onde a trilha sonora da nostalgia, das lembranças, da falta de um amor maior e de uma companhia, toca sem parar.
Tanta coisa preenchendo e ainda deixando tudo vazio... tanta coisa cara sem nenhum valor... tanta coisa valiosa e, ao mesmo tempo, indiferente.
Só você seria capaz de preencher o meu vazio.
Só você faria a diferença entre tantas coisas e pessoas que rodeiam a minha vida.
Só você teria valor para mim, você e mais ninguém.
Só queria ter você. Sim, você que ainda não conheço.
Um fio de felicidade, uma seta que desse sentido à minha vida.

Há exatos quarenta anos eu entrava no sistema

Educacional brasileiro, se isso existe. Uma amiga me deixou um scrap e me fez lembrar. Grupo Escolar Tiradentes - entra burro, sai presidente! Ìamos de ônibus monobloco, pulando nos bancos para alcançar o teto passando quebra-molas. Na volta, colocávamos as pastas na fila, pra pegar lugar no ônibus e corríamos para a praça em frente. Praça dezenove de novembro, mais popularmente conhecida como a praça do homem nú. Curitiba estava mobilizada protestando contra a colocação do casal de estátuas vencedoras de um concurso, a mulher nua censurada hoje já pode ser visitada. Aos pés do enorme homem de pedra, um terrível cheiro de mijo, nada mais realista...
Fazem quarenta anos, afinal, que entrei pra escola. Nem sei se já não cheguei lendo e escrevendo na escola. O relato do tio que me conduziu pela mão deu conta só da minha tremedeira. Meus joelhos de olívia batiam um no outro. Em pleno 67, ser estudante era inconfessável!! Presenciei enfrentamentos com a polícia em plena rua e, como se não bastasse, esse mesmo tio havia chegado em casa, careca coberto com ovos e tinta e farinha e bêbado feito um gambá...por ter entrado na universidade! Nem imagino o que se passava na minha cabeça, mas entendo meu medo entrar para aquele mundo naquele momento.
Melhores momentos do primeiro ano na escola? As visitas à biblioteca (até hoje sinto que encontro minha alma nas estantes de livros), os passeios amarrados na cordinha, a horta, as normalistas ensinando a fazer manteiga...
Da escola o que mais lembro está do lado de fora!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Solitária e companheira abobrinha

Sinto falta da minha abobrinha... Vejo tantas por ai, mas não é a minha.
Ela me acalentava nos momentos de angústias...
Vendo-a solitária na geladeira vazia, eu controlava minha ansiedade. Abria a geladeira, a via e fechava, pois não tinha nada além de garrafas vazias de água, molho inglês, alho e a abobrinha. Por que não a cozinhei?
Se eu a comesse, ai sim, eu ficaria solitária nos momentos de ansiedade e de vontade de comer tudo que via pela frente,
... as carnes dos finais e meios de semana, as lingüiças de outrora, que hoje despertam nos sonhos insólitos.
Cacos de vidro, amores proibidos, beijos desejados, amores reprimidos, desejos de alcova.
Puxa, e ninguém percebeu o meu sorriso e olhar para ele?
Talvez pela expansividade eu escondo o que quero realmente dizer...
Para onde vou? Com quais sapatos devo sair? Ou irei descalça?

terça-feira, 22 de maio de 2007

A Divina Chimera



Correu no Egypto, em pavida anciedade,
Um brado de terror ! presentimento,
Intuição que não erra !
Que do mundo ao findar da velha edade,
N'um lugubre momento,
Inda antes de raiar a nova aurora
Dos seculos, em que o porvir se encerra,
Do sepulchral moimento
Hirtas, sahindo fóra
Todas as Mumias se erguerão da terra !
Que mão rasga a mortalha ?
Que sôpro vivifica o ataúde ?
Com insistencia a estranha voz se espalha;
A consciencia do povo não se illude !
(Teophilo Braga)

segunda-feira, 21 de maio de 2007

So sprach...



So sprach ein Weib voll Schüchternheit
Zu mir im Morgenschein:
"Bist schon du seli vor Nüchternheit,
Wie selig wirst du - trunken sein?"
Nietzsche


Di Cavalcanti

No momento ela está abraçada ao namorado. Os dois deitados na cama, a janela aberta, os passarinhos à espreita, a cachorra com a cabeça entre as grades, o vento bagunçando a cortina e ele diz que a ama.
Como é que é?
Mas não diz nada e beija o rapaz. Beija, abraça, beija e beija mais. Acredita estar ganhando tempo. Ele vai esquecer que disse isso, ele vai esquecer. A cachorra late (Parem com esse agarramento aí – era o que queria dizer). A menina olha para a janela, ri e, quando volta o rosto para o namorado, toma outro “te amo” a queima-roupa. Parte para o plano B: coloca a mão por dentro da bermuda. E beija. E pensa se aquilo será sério de fato. Como é que alguém fala uma coisa dessas, assim, sem avisar, sem preparar o espírito do outro? Por que não trouxe uma caixa de bombons ou algo qualquer que sinalizasse o teor amoroso do encontro? Os lábios doem. Precisam parar. Ela se vira de costas escorregadia e encosta seu corpo no dele bem encostado. Novamente ouve o rapaz dizer que a ama. Nunca sentiu nada tão duro. As palavras no ouvido, pedras na sua vidraça. Para que não quebre, resolve abrir, deixar entrar – e devolver o que foi atirado. Aliás, sempre ouviu falar que janelas fechadas não fazem bem à saúde. Talvez prefira mesmo tomar uns sustos assim de vez em quando.

FAIR DINKUM!!!

Written in the Australian aborigine idiom, it can be applicable on both sides of the Equator.

FAIR DINKUM!!!

Dear White Fella,
couple things you should know.
When I born, I black
When I grow up, I black
When I go in sun, I black
When I cold, I black
When I scared, I black
When I sick, I black
And when I die, I still black.

You White Fella,
When you born, you pink
When you grow up, you white
When you go in sun, you red
When you cold, you blue
When you scared, you yellow
When you sick, you green
And when you die, you grey

And you have the cheek to call me COLOURED?

domingo, 20 de maio de 2007

Horários

Jaana, moça direita, bosta pela manhã. Eu, desregrada, bosto de madrugada. Rima fácil, mas, tecnicamente, rica e perfeita.

Em casa, trabalhando até esta hora, onde já se viu?

E juro que não bebi. Infelizmente.

sábado, 19 de maio de 2007

Sobre a vida e sobre viver ou sobreviver sobre a vida

"Quem sabe eu tive de algum modo pressa de viver logo tudo o que eu tivesse a viver para que me sobrasse tempo de... de viver sem fatos? de viver. Cumpri cedo os deveres de meus sentidos, tive cedo e rapidamente dores e alegrias - para ficar depressa livre do meu destino humano menor? e ficar livre para buscar a minha tragédia"

Clarice Lispector, em A paixão segundo GH

"Faz de conta que vivia e não que estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte"

"A vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre"

Clarice Lispector, em Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Caixa escura


Você já levou um tapa na cara?

Um chute no estômago, uma porrada na nuca?
Já ouviu a ordem de deitar no chão ou encostar na parede?

_ Pernas abertas, braços abertos, olha pro chão.

Já se perguntou o que é ser um número?

Não sei se caso ou se compro uma bicicleta...

Caramba! Hoje sonhei que eu tinha uma filha. Era um bebê com mais ou menos um ano, a coisa mais fofa do mundo. Mas acho que eu não era uma boa mãe no meu sonho... A menina dormia acalentada pelo meu irmão, acordava e ficava o dia todo com minha mãe, e eu sempre no mundo. Que sonho louco! Apesar de ser uma sensação meio maluca a de acordar sendo mãe, fiquei morrendo de vontade de ter uma filha de verdade. Eu e minhas vontades... Semana passada decidi que queria ter um cachorrinho. A idéia parecia maluca tendo em vista que moro em um kit menor que um ovo de codorna e passo o dia fora. Foi duro tirar a idéia da cabeça. Mas, pensando bem, ter um cachorrinho não é lá um projeto tão maluco diante do de ter uma filha. Vou reconsiderar.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Problemas de Comunição

Certa vez uma família inglesa foi passar as férias na Alemanha. No decorrer de um dos passeios, viram uma pequena casa de campo, que lhes pareceu boa para passar as férias de verão.Foram falar com o proprietário, um pastor alemão, e combinaram alugá-la no verão seguinte.

De volta à Inglaterra discutiram muito sobre a planta da casa. De repente a senhora lembrou-se de não ter visto o W.C. Confirmando o sentido prático dos ingleses, escreveram imediatamente para confirmar tal detalhe; a carta foi escrita assim:

Gentil Pastor,
Sou membro da família inglesa que há pouco visitou-o com o fim de alugar a sua propriedade no próximo verão. Como esquecemos um detalhe, muito agradeceríamos que nos informasse onde se encontra o W.C.

O pastor, não compreendendo o significado da abreviatura W.C. e julgando tratar-se da capela da seita inglesa White Chapel, respondeu nos seguintes termos:

Gentil Senhora,
Tenho o prazer de comunicar-lhe, que o local de seu interesse fica a 12 quilômetros da casa. É muito comodo, sobretudo se existe o hábito de ir lá freqüentemente. Nesse caso é preferível levar comida para passar lá o dia inteiro. Alguns vão á pé, outros de bicicletas visto não haver outro meio de transporte adequado. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 em pé, o ar é condicionado para evitar os incovenientes da aglomeraçao.E recomenda-se chegar cedo para arrumar lugar sentado, pois os assentos são de veludo. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam côro.Na entrada é distribuída uma folha de papel para cada um; porém se alguém chegar depois da distribuição, pode usar a folha do vizinho ao lado. Tal folha deve ser restituída a saída para poder ser usada durante o mês. Existem ampliadores de som. Tudo o que se recolhe é para as criancinhas pobres da região. Fotógrafos especiais tiram fotos para os jornais da cidade, a fim de que todos possam ver os seus semelhantes no desempenho de um dever tão humano."

A temporada seca

Há semanas ensaio escrever. Uma história engraçada. Um conto de terror com a abobrinha que murchou na geladeira. Há meses ensaio escrever o artigo que não passa da estrutura. Idéias anotadas. Parágrafos em construção. A história não sai. O artigo não sai. As heras crescem entre as letras. Entre as palavras. Heras de novos projetos. Heras de novas e antigas urgências. Urgências minhas. Urgências dos outros e de outros. Urgências de muitos cantos de um país. De muitas vozes. De um silêncio. Urgência de um colo. De uma de noite de sono profundo. Foram se emaranhando em meu pensar. Até matear tudo no cérebro. Crescem assim desordenadas. Sufocam as conexões ainda em broto. Vão mateando perto da raiz dos vocábulos. Alastraram-se pelas derivações e encobrem as desinências. Não há o que fazer. Desaprendo a escrever o mundo e fixo um olho no oco do tempo. Analfebatizo-me para reler uns mundos mais vastos e mais urgentes que os meus. Guardo meu tempo. Mas ele foge pela fresta do oco. Fica mudo e não quer contar nada para meu urgente artigo. Artigo oco. Já passou o tempo do envio para publicação. Se ao menos publicassem artigos ocos... Pobrezinho. Murchou como a abobrinha. Duas abobrinhas. A da geladeira e a da publicação. Murchinhas.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Saudade

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.


Carlos Drummond de Andrade


Crise de produção

Lidia:
Cuméquié, mulherada?! Hoje é dia 15. Metade do mês se passou e temos apenas 4 postagens no blog!

Ana Silva:
Eu não tenho mais nada escrito. Acabou tudo.

Lidia:
então começa a escrever de novo

Ana Silva:
Analfabetizei-me.

Lidia:
mas é cada desculpa que esse pessoal arranja... vou te contar

Piti:
Não é desculpa não, eu também tô narfa...tão narfabeta que nem conseguia lembrar o que era login...

Valiosa:
login é quando a gente vorta rapidin
vô ali, vorto login

...

sexta-feira, 11 de maio de 2007

What Not To Name Your Dog

Everybody who has a dog calls him “Rover” or “Spot” or “Fido”. I made the mistake of calling mine “Sex”.

Now, Sex has been very embarrassing to me. When I went to city hall to renew his dog license, I told the clerk I would like a license for Sex. He said, "I'd like to have one too!" Then I said, "But this is for a dog." He said, "I don't care what she looks like." Then I said, "You don't understand, I've had Sex since I was nine years old." He said, "You must have been quite a kid."

When I got married and went on my honeymoon, I took the dog with me. Not wanting the dog to bother us, I told the clerk that I wanted a room for my wife and me and a special room for Sex. He said that every room in the place was for sex. I said, "You don't understand, Sex keeps me awake at night." The clerk said, "Me too."

Few years ago, I entered Sex in a dog show. Before the competition began, another contestant asked me what I was doing there. I told him that I planned to have Sex in the show. He said that I should have sold my own tickets. When I asked if the show was televised he called me a pervert.

I left my dog at the Veterinarian. When I went to pick him up I said, "I've come for my dog." She said, "Which one, Spot, Fido or Rover?" I said, "What about Sex?" She slapped me. After I straightened out the misunderstanding, I asked if Sex was good for her. She slapped me again.

One day, Sex ran away. I went to the dog pound. As I was looking in all the cages the operator came up to me. I said I was looking for Sex. He said I was looking in all the wrong places.

When my wife and I separated, we went to court to fight for custody of the dog. I said, "Your Honor, I had Sex before I was married." He said, "What's your point, so did I." I said, "But my wife wants to take Sex away." He said, "That's what happens in a divorce."

Last night Sex ran off again. I spent hours looking for him all over town. A cop came over to me and asked, "What are you doing in this alley at 4 o'clock in the morning?" I said I was looking for Sex.

My case comes up Friday.

Porquê adoramos as crianças

De um menino de 7 anos, no ambiente de trabalho da mãe, para o ex-chefe dela:

- Você é chefe da mamãe?

- Já fui.

- Então agora você trabalha?

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Brotar

Queria nascer jardim com as roseiras de minha janela. Rosas grandes e românticas, rosas pequenas com doçura e faceirice. Acordam e olham pra mim. Estão cheias de botões, grandes e pequenininhos. Só me espetei em espinho uma única vez. São delicadas minhas rosas. E são minhas e de quem quiser olhá-las. Não sei quando brotarão novos botões, não sei quando abrirão os que nasceram, não sei quando morrerão. Não vivem muito, mas o suficiente para me fazerem sorrir, mesmo só pela sua lembrança.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Não é um mistério??



Garoto de aluguel

Baby !
Dê-me seu dinheiro que eu quero viver
Dê-me seu relógio que eu quero saber
Quanto tempo falta para lhe esquecer
Quanto vale um homem para amar você
Minha profissão é suja e vulgar
Quero pagamento para me deitar
Junto com você estrangular meu riso
Dê-me seu amor que dele não preciso
Baby !
Nossa relação acaba-se assim
Como um caramelo que chegasse ao fim
Na boca vermelha de uma dama louca
Pague meu dinheiro e vista sua roupa
Deixe a porta aberta quando for saindo
Você vai chorando e eu fico sorrindo
Conte pras amigas que tudo foi mal
Nada me preocupa de um marginal